Não é novidade para ninguém que o mundo está enfrentando uma crise climática sem precedentes. Nesse cenário, alguns termos têm ganhado os holofotes. Um deles é o Net Zero.
Os estudos científicos revelam que para combater a crise climática, é necessário reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Uma das maneiras mais eficazes de fazer isso é alcançar o Net Zero.
Mas, afinal, o que significa esse termo? Como ele surgiu e qual a sua importância?
No artigo de hoje, vamos conhecer cada uma dessas respostas e entender como esse movimento tem potencial para transformar a maneira como encaramos a relação entre negócios e sustentabilidade.
Acompanhe até o final e aproveite a leitura!
O que significa o termo Net Zero?
Segundo as Nações Unidas, o Net zero nada mais é que o compromisso de reduzir as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera.
Assim, a ideia dessa iniciativa global é a neutralização de carbono, reduzindo os níveis de emissões para um número mais próximo possível de zero.
Nesse sentido, quaisquer emissões restantes devem ser reabsorvidas da atmosfera pelos oceanos e pelas florestas, por exemplo.
Quando esse termo surgiu?
A expressão surgiu pela primeira vez em 2013, em uma reunião na Escócia que contou com a presença de 30 líderes empresariais de todo o mundo.
Os participantes da reunião concordaram em trabalhar juntos para alcançar um futuro com menos emissões líquidas de carbono.
No entanto, o conceito ganhou maior notoriedade a partir do Acordo de Paris — um tratado mundial de 2015 entre 196 nações, incluindo o Brasil.
Qual a sua importância?
Os efeitos da crise climática já podem ser sentidos em todos os cantos do mundo, em diferentes escalas.
Afinal, a Terra já está cerca de 1,1°C mais quente do que no final do século XIX, e as emissões continuam a aumentar.
Se continuarmos nesse ritmo, de acordo com a organização Climate Action Tracker, a projeção é que o aumento da temperatura média global da Terra atinja quase 4ºC até 2100.
Para evitar os piores impactos das alterações climáticas, o aumento da temperatura global precisa de ser mantido em apenas 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.
Para isso, as emissões precisam ser reduzidas em 45% até 2030 e atingir zero emissões líquidas até 2050.
Qual a diferença entre Net Zero e carbono neutro?
A principal diferença entre carbono neutro e Net Zero é o prazo e a forma de atingir as metas.
O carbono neutro, é uma meta atingível a curto prazo pela maioria das empresas, medindo as emissões atuais e investindo em compensações de carbono.
Saiba mais sobre carbono neutro nesse artigo da Pixpel!
Por outro lado, a emissão próxima a zero, como vimos anteriormente, consiste na não emissão de gases de efeito estufa, o que engloba a completa eliminação de emissões indiretas desse gás.
Essa é uma meta a longo prazo, que só pode ser tomada quando as empresas se comprometem de forma prática a reduzir a maior porcentagem de suas emissões.
Portanto, podemos considerar o carbono neutro como um primeiro passo rumo às emissões zero.
Como se tornar uma empresa Net Zero?
Para se tornar uma empresa com emissões zeradas, não há outro caminho: é necessário adotar medidas que buscam reduzir as emissões de gases de efeito estufa para zero.
Segundo as Nações Unidas, mais de 9.000 empresas, 1.000 cidades, e mais de 600 instituições financeiras aderiram à coalizão “Corrida para Zero”, em livre tradução.
Essa é, basicamente, uma forma de comprometimento a tomar medidas rigorosas e imediatas para reduzir pela metade as emissões globais até 2030.
Para se juntar nessa missão, as empresas podem:
- Adotar energias renováveis – substituir fontes de energia fósseis por fontes de energia renováveis, como solar, eólica e hidroelétrica;
- Adotar medidas de eficiência energética – a instalação de sistemas de iluminação e aquecimento mais eficientes ajuda a reduzir as emissões;
- Promover mudanças nos processos produtivos – a adoção de processos produtivos mais eficientes e sustentáveis, reduzindo também é essencial para reduzir as emissões.
- Considerar as emissões indiretas – calcular e considerar as emissões por toda a cadeia de valor, incluindo fornecedores e clientes.
Quais os benefícios de atingir zero emissões líquidas de carbono?
Ao adotar medidas que buscam zerar as emissões de gases de efeito estufa, as empresas não apenas beneficiam o planeta, mas também fortalecem sua posição competitiva no mercado.
Especialmente quando consideramos que o número de pessoas que buscam consumir de forma consciente continua a crescer exponencialmente.
Benefícios Ambientais
Reduzir ou zerar práticas que contribuam com as emissões líquidas de carbono é uma forma prática de contribuir para a redução da temperatura média global.
Com isso, é possível diminuir a frequência de secas extremas, ou enchentes e desastres ambientais.
Vale perceber que esses desastres se relacionam diretamente a problemas como pobreza e falta de acesso a recursos básicos.
Resiliência Empresarial
Já parou para pensar que, quando não levada a sério, a crise climática pode ameaçar a existência de certos tipos de negócios?
É por considerarem isso que muitas empresas passaram a incluir esse tópico em sua matriz de risco, buscando soluções práticas para a causa.
Dessa forma, a resiliência empresarial aumenta, pois essas organizações são menos suscetíveis a riscos associados a flutuações econômicas, e regulamentações ambientais cada vez mais rigorosas.
Economia de Custos
Embora inicialmente possa exigir investimentos, a transição para a redução de emissões, quando levada a sério, muitas vezes resulta em inovação e economia a longo prazo.
Afinal, eficiências operacionais, redução no consumo de recursos e aproveitamento de incentivos fiscais contribuem para a sustentabilidade financeira das empresas.
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O que impede a plena redução de emissões?
Como é de se esperar, há uma série de desafios para que a redução de emissões a zero seja uma iniciativa realmente adotada por corporações e governos pelo mundo.
Em primeiro lugar, a transição para emissões próximas a zero requer investimentos significativos em tecnologias e infraestruturas sustentáveis.
Ainda é necessário criar políticas públicas adequadas para apoiar a transição para esse compromisso – o que depende de uma mobilização social e governamental.
Para completar, a maioria da energia do mundo ainda é produzida a partir de combustíveis fósseis, que são uma das principais fontes de emissões de gases de efeito estufa.
Considerando todos esses pontos, é perceptível que uma mudança efetiva demanda mobilização de diversos setores da sociedade.
Entretanto, vale notar que empresas e organizações em todo o mundo estão tomando a frente nessa iniciativa.
Conclusão
O Net Zero é uma meta ambiciosa, mas essencial para combater as mudanças climáticas e construir um futuro mais sustentável para o planeta.
As empresas que se comprometem com essa causa estão contribuindo para essa construção, e se posicionando de forma competitiva no mercado.
O esforço conjunto de todos é essencial para superar os desafios e tornar essa meta uma realidade.
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